quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Lições aprendidas #7: Felicidade é um estado de espírito

Na sua opinião, o que é felicidade? O que você precisa ter na sua vida para ser feliz? Esta é uma pergunta que parece fácil de ser respondida, mas é muito mais complexa do que imaginamos.

Acredito que temos o conceito errado de felicidade.

Quando somos adolescentes e/ou universitários, olhamos para o futuro, fazemos planos e pensamos: "quando tenha tudo isso serei feliz!". Pois bem, quando você começa a conquistar tudo aquilo que tinha planejado, começa a se dar conta de que não precisa SÓ disso pra ser feliz.

Nesse momento, você começa a se dar conta de que tudo aquilo que você considerava felicidade era, na verdade, desejos e vontades de obter bens materiais (dinheiro, casa, emprego, carro zero, cargo alto em uma empresa, ser dono de uma empresa, etc.), não era felicidade... e aí, nesse exato momento, você vai se frustar porque achava que sabia o que precisava para ser uma pessoa mais feliz e realizada, e vai se dar conta de que algo te falta para alcançar essa tão sonhada felicidade.

Então... afinal... o que é que nos falta para alcançar a tão sonhada felicidade?

Na minha opinião, felicidade é muito mais do que bens materiais. Felicidade é um estado de espírito. É saber doar parte de si aos outros, não só receber... é saber aceitar os pequenos problemas que aparecem na nossa vida diariamente, entendendo que nada neste mundo acontece por acaso... é ver o mundo com outros olhos, com olhos de quem está sempre buscando algo novo que aprender... é ter paciência quando nem tudo está bem, e entender que se nem tudo está bem é porque você tem algo a aprender com isso... é amar o que você faz, dia-a-dia, e sentir-se bem fazendo isso... é ter uma família unida, que te ama e que você sabe que sempre poderá contar com ela... é ter amigos, muitos amigos, que enchem sua vida de alegria e que são seus companheiros para todas as horas... é amar e ser amado, e entender que uma relação é para que dois seres se complementem, e não para bloquear a vida um do outro, obrigando que a pessoa seja algo que ela não é só para te agradar... é não ser egoísta e achar que o mundo gira ao seu redor... é andar, andar, andar, e conhecer novos lugares e novas pessoas, que te trarão novos conhecimentos... é entender que todos somos exatamente iguais, independente do cargo que ocupamos ou da riqueza que temos... é entender que a vida existe para ser vivida, e não para ser planejada!

Este estado de espírito, junto com os desejos e vontades de cada um, nos ajuda a ser mais felizes no dia-a-dia. Dessa forma, podemos contagiar as pessoas que nos rodeiam e, quem sabe, viver em um mundo mais feliz e mais alegre!

domingo, 25 de dezembro de 2011

Lições aprendidas #6: A vida é um pêndulo

Há alguns meses escutei uma frase de um companheiro de trabalho: "A vida é um pêndulo". E ele me explicou o significado. Disse que para encontrar nosso equilíbrio, precisamos viver nos extremos em determinados momentos da nossa vida, sair do nosso "eu tradicional" e navegar por mundos desconhecidos.

Esses dias lembrei dessa conversa e muita coisa fez sentido na minha cabeça. Como estamos seguros do que gostamos de fazer na vida se não vivemos todas as oportunidades que ela nos proporciona? Se não saímos da nossa rotina tradicional? Se não experimentamos novas aventuras, novos caminhos, novas experiências? É claro que isso pode acarretar riscos desconhecidos, mas também pode trazer retornos imensuráveis!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Lições aprendidas #5: Viver é simples, nós que complicamos

Viver é simples, nós que complicamos.

Temos medo de tudo que possa tirar-nos da nossa zona de conforto e, por isso, criamos pré-conceitos desde pequenos, os quais levamos a sério (e bem a sério!) na fase adulta da vida.
Esses pré-conceitos se transformam em valores da sociedade, e levam a todos (ou pelo menos quase todos) a viver privando-se de coisas que lhes fazem bem... privando-se de coisas que são fundamentais para nós mesmos. 

E tenho uma notícia para você (caso ainda não saiba): o que é fundamental pra mim pode não ser fundamental para você! E sim, é tão simples assim! Sem desesperos, sem estresse, sem cobranças desnecessárias. Somos todos diferentes! Não somos iguais e não buscamos o mesmo nesta jornada.

Portanto, pare de complicar a sua vida e viva! É tão simples :)

sábado, 17 de dezembro de 2011

Lições aprendidas #4: Assim caminha a humanidade...

O homem passou por diversos momentos na história:

- Primeiro, tinha que sobreviver. Para isso, preocupava-se em manter-se vivo (e ele mesmo matava o seu próprio alimento) e em seguir existindo no mundo "selvagem" em que vivia. E com isso bastava;

- Depois, surgiram os bens materiais: ouro, prata, terras, dinheiro, entre outros. Ter riqueza e território era sinônimo de poder, e a maioria das pessoas buscavam isso para sentir-se importante no mundo;

- Hoje, podemos dizer que o dinheiro continua sendo muito importante. Porém, o grande diferencial e o conhecimento. Quanto melhor a sua formação e capacidade de gerar novos conhecimentos, mais importante você e e, consequentemente, mais dinheiro você ganhara. (E claro que podemos ganhar dinheiro de outras formas, mas o caminho e mais difícil...). Também já não importa a idade, mas sim o perfil "empreendedor" e "inovador"que existe dentro de cada um de nos;

Com essa visão extremamente simplificada da história da humanidade, cheguei a uma conclusão (compartilhada com outras pessoas também): no futuro, acredito que as pessoas que sejam capazes de desenvolver o máximo do seu potencial humano serão as mais importantes. Ter dinheiro e conhecimento continuarão sendo necessários (acho que será difícil livrar-nos do dinheiro um dia...), porém ser o melhor de acordo aos seus potenciais (que muito provavelmente serão identificados desde pequenos, no jardim infantil) será o grande diferencial.

E tenho esperança de, quem sabe nesta etapa da história da humanidade, sermos capazes de viver a vida de forma mais natural, de acordo ao nosso "perfil real", e não de acordo ao que a sociedade nos impõe. Ao menos, para esta direção caminha a humanidade...

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Lições aprendidas #3: Ser você mesmo é o melhor presente que podemos entregar às pessoas que nos rodeiam!

Todo mundo bate na mesma tecla, dizem que precisamos fazer aquilo que gostamos para sermos felizes. Eu mesma já repeti isto neste blog algumas vezes.

E é fato comprovado: sentir o prazer de viver a cada dia, não somente de fim de semana ou feriado, é a melhor sensação que um ser humano pode ter na vida! 

Encontrar-se e ser você mesmo na vida pessoal E na vida profissional é o melhor "presente" que podemos entregar ao nosso Criador e à todos que nos rodeiam!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Lições aprendidas #2: O ser humano precisa de desafios

Sentir um pouco de segurança em tudo que fazemos no dia-a-dia é importante. É a segurança que nos faz confiar em nós mesmos e enfrentar medos e receios que não desapareceriam se não a tivéssemos. Porém, ter 100% de segurança em tudo que fazemos pode gerar frustração, afinal o ser humano precisa de desafios diariamente, precisa sentir o famoso "frio na barriga"... é assim que saímos da zona de conforto e crescemos como pessoas.

Pensando um pouco nos sentimentos, as pessoas se relacionam para se complementarem, não para serem "proprietárias" umas das outras. O dia em que todos entenderem essa lógica tenho certeza que o mundo será um lugar muito mais feliz para se viver!

sábado, 10 de dezembro de 2011

Lições aprendidas #1: Encontrar o que te apaixona e transformá-lo em hábito!

Conversando com a Juliana, uma amiga próxima, contei que tenho um sonho: escrever um livro. Há alguns anos todas as pessoas que lêem meus textos dizem que escrevo muito bem e que se identificam com os sentimentos que coloco em cada escrita. Me sinto bem escrevendo, e me sinto bem ao saber que outras pessoas se sentem bem lendo meus textos. Portanto, por que não unir o útil ao agradável?!
Ela me recomendou o blog do Seth Godin, que entre outros temas escreve textos para motivar outros escritores. E pela primeira vez algo que li mexeu comigo e me motivou a começar a escrever com mais frequência. Ele diz:

"Just write poorly. Continue to write poorly in public, until you can write better. I believe that everyone should write in public. Get a blog. Or use Squidoo or Tumblr or a microblogging site. Use an alias if you like. (...)
Do it everyday. Every single day. Not a diary, not fiction, but analysis. Clear, crisp, honest writing about what you see in the world. Or want to see. Or teach (in writing). Tell us how to do something.
If you know you have to write something every single day, even a paragraph, you will improve your writing. (...) - Seth's Blog

Portanto, a partir de hoje dou início à uma nova etapa do meu blog: "Lições aprendidas". Todos os dias aprendemos coisas novas, que nos ajudam a ver o mundo com outros olhos. E muitas vezes, na correria do dia-a-dia, não nos damos conta desses pequenos sinais que a vida nos dá... e é por isso que quero compartilhar com vocês esses aprendizados, para que não somente eu possa aprender e seguir crescendo como pessoa, mas para que todos que leiam meus textos possam aprender também.

E a primeira lição aprendida é justamente esta: amo escrever! Então chegou a hora de transformar essa paixão em hábito, de viver na prática o que tanto me motiva e o que tanto motivou a outras pessoas que já leram alguma vez na vida meus textos :)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O que está acontecendo no mundo?


Antes de mais nada, muito obrigada por todos os comentários que recebi no post anterior! (Reflexões sobre empreender) Depois do post tive algumas experiências interessantes, conheci novas pessoas e ficou definitivamente claro pra mim que empreender é um estilo de vida. Empreender não é somente abrir uma empresa/negócio social, é muito mais! É olhar o mundo de forma diferente, questionar-se sempre e buscar soluções para os problemas que existem e que te incomodam profundamente. =)

Seguindo meus momentos de reflexão (acho que este blog já se transformou em algo mais reflexivo e não tão turístico como era no início...), faz alguns meses que ando refletindo a respeito do mundo. Trabalhando como consultora, tenho a oportunidade de lidar com várias empresas diferentes, com culturas e perfis de pessoas distintos. O que tenho visto é que, apesar das diferenças, há algo que é geralmente comum em todas as empresas: as pessoas buscam constantemente satisfazer os seus superiores e destacar-se com relação aos companheiros de trabalho, nem que para isso elas tenham que ser o que, na verdade, não são... Acredito que isso seja, de certa forma, parte do processo natural de qualquer empresa, afinal a competição é importante... Porém, na minha opinião, falta algo ainda mais importante nas empresas hoje em dia: as pessoas precisam sentir prazer e estar felizes e satisfeitas com o que fazem diariamente. Afinal (acho que falei disso aqui antes), passamos a maior parte da nossa vida trabalhando, e se não estamos felizes e satisfeitos com o que fazemos as chances de sermos infelizes (pessoal e profissionalmente) aumentam.

Dadas as diversas crises econômicas que estamos vivendo nos últimos tempos, os diversos protestos, greves e confrontos a nível mundial, algo está me incomodando: a economia mundial depende das empresas/ONGs/governo; as empresas/ONGs/governo dependem de pessoas; as pessoas fazem parte de famílias, as quais são formadas com base nos valores da sociedade atual. Dado que o mundo dos negócios está "perdido", é um grande sinal de que nós, seres humanos, estamos "perdidos" também, afinal, nenhuma decisão em qualquer empresa ou instituição é tomada por computadores ou máquinas... certo???

E bem, voltando ao que conversamos antes (que as pessoas precisam ser felizes no trabalho), é mais do que evidente que muitas pessoas não são felizes com o que fazem. Trabalham pelo simples fato de ter que trabalhar...

As pessoas em geral buscam algo mais além do dinheiro e do conhecimento, mas na maioria das vezes não sabem o que estão buscando, e por não saber o que estão buscando se perdem no meio do caminho...

Fui à uma palestra recentemente e descobri alguns dados interessantes:

- Depressão é a 2ª maior doença do mundo entre os 15 e 44 anos;
- Na África não existem problemas de depressão;
- 61% dos alemães se consideram felizes, enquanto que na Grécia, país em crise, 80% se consideram felizes;
- As mulheres se suicidam menos.

A pergunta que não quer calar na minha cabeça é: "O que está acontecendo no mundo?"


Não sei exatamente o que está acontecendo, mas tenho várias pistas para tentar entender o que está passando na nossa sociedade atual:

- Sabemos do que acontece na vida dos nossos amigos e familiares, afinal todos estamos hiperconectados, mas não conseguimos VIVER com eles suas conquistas, derrotas, alegrias e sofrimentos;
- Pessoas que têm "tudo" (dinheiro, tecnologia, boa qualidade de vida, etc) sentem falta de algo, o que é facilmente identificado nos países mais desenvolvidos (como mostram os dados anteriores);
- A maioria das pessoas não são apaixonadas pelo que fazem no dia-a-dia... Trabalham simplesmente por trabalhar (Vocês já notaram que muita gente tem hobbies que não tem nada a ver com o trabalho que fazem?);
- Muitas empresas estão "paradas no tempo"... se preocupam com hierarquia, superioridade, competição... querem que seus funcionários nunca cometam erros, que sejam perfeitos... não conseguem enxergar que o mundo mudou e que as pessoas mudaram;
- Mesmo em um mundo tão globalizado como o nosso, as pessoas e empresas têm dificuldades em colaborar. Se dependemos tanto uns dos outros, como vamos sobreviver sem isso? Por quê somos tão egoístas?

Acredito que a nossa sociedade está em um dos seus momentos mais lindos e mais difíceis, onde teremos que nos reinventar para seguir adiante... Como? Não sei, acho que ninguém encontrou a resposta certa ainda... rs

O que sim sei é que cada ser humano, em cada realidade, tem necessidades e desejos distintos. Um africano busca coisas diferentes da vida quando comparado com um americano, o que não quer dizer que um seja melhor que o outro, certo? Acho que a solução parte pela colaboração e compreensão do próximo, aceitando as diferenças, sem pensar que somos superiores ou inferiores a qualquer outra pessoa... e no dia em que as empresas/ONGs/governo entenderem isso, quem sabe o mundo não será um lugar melhor? =)

terça-feira, 8 de março de 2011

Reflexões sobre empreender...

Depois de alguns meses ausentes, retomo meu blog! E antes de publicar o vídeo que estou preparando de retrospectiva do ano de 2010 (está em produção e em breve estará disponível aqui!) queria compartilhar com vocês minha "nova visão" sobre empreender.

Neste mais de um ano trabalhando em uma empresa focada em inovação e empreendedorismo aprendi coisas que fizeram mudar minha forma de ver a vida. Também passei por algumas mudanças pessoais significativas que com certeza contribuíram para que esse aprendizado fosse ainda mais intenso.

Cheguei a essa "nova visão" há uns 2 meses atrás, quando assisti o filme "The Social Network" (sobre a criação do Facebook). Sem tirar os méritos do filme, que é excelente e mostra o que é empreender na prática, lembro bem que quando terminei de assistir o filme eu parei e pensei: "É isso? Esse é o grande Mark Zuckerberg que todos utilizam como exemplo de empreendedor?" E desde então, quando escuto falar do Mark e do seu grande feito, não sinto admiração por ele como sinto por outros empreendedores. O Facebook é uma ideia fenomenal, é um sucesso e admiro a inteligência da pessoa que foi capaz de criar essa rede social. O que não admiro é o perfil de empreendedor que normalmente utilizamos como exemplo em nosso cotidiano.

A partir disso, concluí que existem diferentes perfis de empreendedores e que precisamos tomar cuidado quando escutamos exemplos e os utilizamos como referência para nossas vidas. E quando digo que existem perfis diferentes não estou falando de diferenças como empreendedor empresarial e social, por exemplo, mas sim diferenças na forma de empreender.

Até o momento, consegui identificar 3 perfis de empreendedores, considerando pessoas que tive a oportunidade de conhecer de uma forma mais profunda (seja por convivência ou pela mídia):

- Empreendedor "estilo Mark Zuckerberg": é o tipo de empreendedor que sabe o que quer e faz o que estiver ao seu alcance para alcançar seus sonhos, assim como os outros. Porém, trabalha de acordo às suas vontades, sem pensar muito em como isso irá impactar a vida das pessoas que estão ao seu redor. Se tiver que enfrentar problemas de relacionamento ou até enfrentar a justiça fará sem nenhum problema, e inclusive acho que esse tipo de situação o motiva mais a empreender;
- Empreendedor "estilo Iván Vera" (fundador da empresa onde trabalho hoje): é uma pessoa que tem sonhos e sabe que enfrentará problemas para transformá-los em realidade, mas que não acredita que brigar com o mundo seja a única forma de ganhar mercado e criar seus projetos. É uma pessoa que valoriza as relações sociais sempre, colocando-as em primeiro lugar porque considera que a rede de contatos é o bem mais valioso que um ser humano pode ter;
- Intra-empreendedor: é uma pessoa que gosta de criar coisas novas, mas que não quer necessariamente criar uma empresa nova. Ela se sente feliz por trabalhar na empresa onde está, tem espaço para inovar e se sente realizada por isso. Enfrenta os mesmos desafios que os outros dois perfis de empreendedores e também precisa resolver os problemas para poder criar novos negócios, porém o faz dentro da empresa.

Por ser uma empreendedora, chegar a essa conclusão me deu um alívio imenso! Digo isso porque a visão que eu tinha antes era do "estilo Mark Zuckerberg". Até ano passado eu pensava que se não fosse alguém capaz de virar o mundo de ponta cabeça eu não seria uma empreendedora por completo. Hoje, eu me sinto mais motivada e animada por ver que me identifico mais nos outros dois perfis e que posso, sim, empreender sem ter que virar o mundo de pernas pro ar (em realidade ainda não sei em qual deles me encaixo porque estou sendo uma intra-empreendora na INNSPIRAL, abrindo uma filial da empresa no Brasil, e ao mesmo tempo estou empreendendo um projeto pessoal na área de educação).

Bom, queria compartilhar essa visão principalmente porque quero ouvir opiniões. Críticas e sugestões são bem-vindas, afinal não sou especialista no assunto, só estou tentando descobrir qual é o meu lugar no mundo! =)

"Quando uma pessoa se aceita como ela realmente é as coisas acontecem naturalmente"